quarta-feira, 15 de maio de 2013

E onde a noite cai
Caio eu
Onde a noite sucumbe,
se esconde,
Me escondi, para não
sucumbir.
Gigantes carregam o céu,
pequenos grãos são transportados
pelo ar, belezas no abismo.
Quando, então, se esvai
as dores?
Em meio a eternidade
sobram-nos as migalhas,
alguns raios de sol,
algumas estrelas caídas.
Caio eu,
na penumbra de ser só,
na inconstância de ser muitas,
na pausada causalidade
de não ser.
E diante da Beleza,
levanto-me, quase em
resignação, sem prantos,
estes que já perderam-se
no solo dessacralizado
de concreto.
Levanto-me para não buscar,
para não encontrar,
para não esperar.
Na negação e da negação
ressurgi, para lutar,
de encontro aos instantes,
aos dias, ao tempo.
Quem sabe não recolho
nos jardins dos sorrisos,
dos afetos, da família,
algumas alegrias?
Alegrias, como banhos de mar. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Veio assim.
E assim foi embora,
preso às redes
da existência.
Certo demais, perfeito
descola, descombina,
e eu desisto.



poesia de pureza.