domingo, 11 de dezembro de 2016

Ai, que me traga cores!
Que me arranque as dores!
No peito fique só a saudade, 
aquela que a gente mata com gosto!

Que me tente a sorte,
e junto dela os perfumes
de viver, de cantarolar, 
de preencher e então
somos o mundo,
somos a infinitude 
de querer. Me colore!

Ai, que me traga desafios!
Que me arranque os enganos!
No teu peito só a vontade, 
aquela que alimenta caminhos!
há algum encanto
no desencanto,
alguma beleza
em flores murchas.
uma promessa
na música que finda

há alguma esperança
no fim daquele beijo e
alguns suspiros de prazer
na despedida.
a louca alegria
guardada no próximo dia.

poesia de pureza.