domingo, 19 de fevereiro de 2017

As vezes me desintegro
E esparramo as aspirações
que cativei em mim. 
Quando dissolvo, espero
pois é assim que me redescubro
assim que recupero
e retomo o que sou
e me recordo de quem fui

As vezes mergulho
E questiono sobre 
aquilo que almejo. 
Quando percebo, eu chego
pois é assim que me recomponho
assim que me coloco
e acredito que há força
e me banho na consciência de mim.  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

eu revisito lugares
componho uns diálogos
exploro os sons, as cores
nas páginas do livro 
aquele mesmo que 
abandonei. 
porque eu me perdi
nas brumas e nas falácias,
andei por ocos e aos
solavancos
desaprendi a olhar o intangível. 
por que onde eu era só
eu era somente amor
por que agora a prudência
aparece para me carregar:
os anos se passaram,
as ilusões já escorreram 
pelos olhos, 
o corpo toma a forma,
a vida me inunda do real. 

poesia de pureza.