"Mencionar o nome Wilde é mencionar um dândi que fosse também um poeta, é evocar a imagem de um cavalheiro dedicado ao pobre propósito de assombrar com gravatas e metáforas. Também é evocar a noção de arte como um jogo seleto ou secreto - à maneira do tapete de Hugo Vereker e do tapete de Stefan George - e do poeta como um laborioso monstrorum artifex (Plínio, XXVIII, 2). É evocar o esmorecido crepúsculo do século XIX e aquela opressiva pompa de jardim-de-inverno ou de baile de máscaras. Nenhuma dessas evocações é falsa, mas afirmo que todas correspondem a verdades parciais e contradizem, ou menosprezam, fatos notórios."
Trecho de artigo de Jorge Luis Borges, intitulado "sobre oscar wilde", reproduzido no livro "Outras Inquisições".
Trecho de artigo de Jorge Luis Borges, intitulado "sobre oscar wilde", reproduzido no livro "Outras Inquisições".
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