"A escola se constitui num centro de discriminação, reforçando tendências que existam no mundo de fora. O modelo pedagógico instituido permite efetuar vigilância constante. As punições escolares não objetivam acabar com ou recuperar os infratores, mas marcá-los com um estigma diferenciando-os dos normais, confiando-os a grupos restritos que personificam a desordem, a loucura ou o crime...
É necessário situar, ainda, que a presença obrigatória do "Diário de Classe", nas mãos do professor, que marca ausências ou presenças... é a técnica de controle pedagógico burocrático por excelência herdada do presídio. Esse professor é visto como encarregado de uma 'missão educativa' por uns; como 'tira' e 'cão de guarda' da classe dominante por outros..."
Maurício Tragtenberg
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