sábado, 7 de junho de 2014

Vi seus pesares. Perdi a conta dos meus erros, e estes estão por aí a escancarar as fragilidades de construir-se e negar-se e buscar o desconhecido, o improvável, porque único, porque pudico, porque vazio. Um coração. Acordo sobressaltado, suando frio na noite que eu engoli, que vomitei em tentativas. O instante de lágrimas pastéis, descoloridas, encontra-se no fundo daquele baú que deixamos no último endereço, no último suspiro, agora distante, não, melhor, agora mergulhado em reticências. Não fale alto, não implore, não afronte, não, não, não abrace uma tola evidência, esta escorre na parede de tua eloquência, sustentada pelo orgulho, ferido, ferino, fétido. Um cadáver de direita, dores que recusa mas que estampam seu semblante deformado por vícios, pelas mentiras, por favor, vamos usar a máscara? Assim, posso desferir o golpe de misericórdia enquanto te abraço sorrindo, humilhando sua pretensa sabedoria. Ora, ora, aprendemos a enfrentar fantasmas? Pesadelos? Produtos? Desferiu o golpe, sorriso de citações e referências sem a pronúncia correta, eu só quero te ver lamentar e sussurrar: como poderia ter dado certo, se somos tão incrédulos, tão superficiais, tão absolutos de porra que nos constitui? 

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poesia de pureza.