Filho de uma rica família judia, Walter Benjamin nasceu em 1892, em Berlim, onde voltou a morar, em 1920, depois de estudar Filosofia em várias cidades alemães e na Suíça. Passou a trabalhar como crítico literário e tradutor. Em 1928, a Universidade de Frankfurt rejeitou sua tese "A Origem do Drama Barroco Alemão" por sua linguagem e pelos métodos não-convencionais, o que encerrou sua carreira acadêmica. Publicado em livro, o estudo é considerado hoje um de seus grandes trabalhos. Benjamin fixou-se em Paris após deixar a Alemanha, em 1933, por causa da ascensão do nazismo. Com a ocupação da França pelos alemães, em 1940, foi para o sul do país com intenção de viajar pelos Estados Unidos. Foi detido e soube que seria entregue à Gestapo (a polícia secreta nazista). Acuado, Benjamin se suicidou aos 48 anos com uma dose de morfina. Boa parte de seus escritos foi publicada postumamente, alcançando repercussão na segunda metade do século XX.
A vida de Walter Benjamin foi marcada por relações com outros pensadores e artistas alemães, do dramaturgo Bertolt Brecht (1898-1956) ao estudioso do misticismo judaico Gerhard Scholem (1897-1982). Benjamin é vinculado à chamada Escola de Frankfurt - conjunto de intelectuais que criou a Teoria Crítica. Tratava-se de uma linha de pesquisa que, apesar de fundamentada na obra de Karl Marx (1818-1883), se perguntava por que a emancipação do proletariado prevista pelo filósofo alemão parecia estar se desviando e se perdendo. Sua relação com os colegas, porém, não era livre de tensões: sempre sustentava sua posição de forma firme e não dogmática. Embora considerado pessimista, ele via com bons olhos os novos meios de comunicação, como o cinema de seu país, que em sua época produzia obras como "O Gabinete do Dr. Caligari", tido como ícone do expressionismo alemão.
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