sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Gregório de Matos - Boca do Inferno

A D. Martha Sobral que sendolhe pedida do poeta huma arroba de
carne de huma rez, que matára, respondeo, que lha fosse tirar do
olho do cu.

Ó tu, ó mil vezes tu,
que se uma arroba de vaca
te pedia, és tão velhaca,
que me ofreces do teu cu:
essa carne a Berzabu
a devias dar em pó,
a mim não, porque em meu pró
não me atrevo a escolher
nem teu cu pelo feder,
nem pelo podre o teu có.

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poesia de pureza.