O Eremita reflete o que afirma Jung: “Sua visão se tornará clara somente quando você puder olhar dentro de seu próprio coração.” A necessidade de introversão é um pressuposto para se concentrar no que é essencial, sem se deixar desviar por futilidades e superficialidades, mas sem se isolar do mundo, pois esse não é o seu objetivo.
Como nos diz Osho, “só uma pessoa centrada em sua solidão pode fazer amizades, porque isso agora não é uma necessidade, é simplesmente um compartilhar”. O Eremita tem a nobre missão de encontrar a si mesmo e ser fiel a seus valores. Ele avança de acordo com o provérbio chinês: "Não tenha medo de crescer devagar. Tenha medo apenas de ficar no mesmo lugar." Ele assinala o nono estágio da jornada, o da percepção de que só o trabalho feito com calma e paciência dá frutos duradouros. Numa época consumista, descartável e imediatista, O Eremita parece uma figura anacrônica, incompreensível e deslocada. Mas sua função é essa: servir de contraponto à idéia de massa, à uniformidade pregada pela globalização, e lembrar ao homem que, antes de buscar o outro, ele deve aprender a se desligar do mundo exterior e olhar para dentro de si mesmo. Mais do que esperar algo, no ano do Eremita, como é o caso de 2007, devemos fazer, cada um de nós, profunda reflexão, nos voltarmos para dentro, descobrir nossos potenciais e acrescentar ao mundo consciências individuais ecológicas, fraternas e éticas. O Eremita prepara-se, interiormente, para as mudanças que virão. |
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