sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Lua branca - Paul Verlaine

A lua branca
brilha no bosque.
De ramo em ramo,
parte de uma voz que
vem da ramada.

Oh! bem-amada!

Reflete o lago,
como um espelho,
o perfil vago
do ermo salgueiro
que ao vento chora.

Sonhemos, é hora...

Como que desce
uma imprecisa
calma infinita
do firmamento
que a lua frisa.

É a hora indecisa...

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poesia de pureza.